Coisas da poesia

A natureza, sua atmosfera e os seus mistérios,

Sempre me aproximam

Do momento da percepção

E das coisas da poesia.

Cigarras cantando,

A umidade no ar,

O córrego saindo da sua nascente,

A pessoa louvando no ônibus,

A luz do sol entre as folhas na mata.

Aguçar os olhos para essas coisas,

É viajar pelo insondável.

Vejo o morro!

Desde pequeno enxergo o mundo em formas.

Os galhos retorcidos de uma árvore ressequida.

É como se e eu tivesse dedo nos olhos.

Eu preciso conhecer o mundo das minhas vistas

Explorando com o tato,

Aliás, não, apenas o tato,

Mas, a audição, o paladar e o olfato.

Só assim consigo estar presente

Só assim consigo perceber

A poesia do momento

Momento este sublime! em si mesmo

Eu recebi o chamado,

O chamado da poesia

E para poetar.

Eu sou a presença

Sendo a presença

Para mim

A resolução máxima

De todas as coisas.

Ela resolve conflitos,

Resolve apatia,

Resolve pré-conceitos,

Ilumina o escuro

Dar cor ao monótono

E concerta a relação dos homens.

Dublê
Enviado por Dublê em 22/03/2024
Reeditado em 24/03/2024
Código do texto: T8025484
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