GOSTO

Gosto de refundir palavras obliquas,

me politizar em uma permuta,

uma aprendiz geneálogica cabível.

Gosto de apregoar sua trajetória

me estender na precisão do vento,

esquecer de mim e sonhar.

Gosto de dificil factivel

me exorcizar nos teus olhos,

esperar sua rua passar por mim.

Gosto do indivisivel inflado,

partículas submergida involutáriamente,

me entregar após o espetáculo

em uma acrobacia sensual.

Gosto do possível repiquete,

uma presdisposição afônica

encandecente e milenar,

carbonizada pelo fogo fátuo.

Gosto do mistério do mundo,

de me confundir em palavras,

do avesso módico.

Gosto dos prismas cristalinos,

do suor da labuta,

amologado pelo incansável

ato noctâmbulo de seguir.

Gosto ... do gôsto azedo do limão,

que aperta meus ouvidos

e adoça minha vida,

um confronto entre o ser e estar.

Gosto da vida errante,

direcionando corações

ao sabor das ondas do mar

que apagam consideravelmente

as marcas do passado.

Gosto de mim,de ti,dele ou dela, de nós..

Apenas gosto do gostar

soraia

ciganita