Coração de alegria

Quando o vento entre as árvores silencia,

desfaço-me em agonia,

vejo o quão triste é a sinfonia

que a alma carrega no fim do dia.

A lua, a mesma lua dos segredos,

adormece entre as sombras caladas.

O seu sono é breve, é furtado

das asas das borboletas no costado.

Então o coração devolve a alegria,

suspira envolto em grande harmonia

e esquece a ausência que passou.

Vai sereno e vibrante anunciar a quem amou.

Sem se deixar tornar como prisioneiro,

saltita eufórico entre os breves luzeiros.

Enquanto os pensamentos nos alimentam

das graciosas emoções que nos acalentam.

São Paulo, 5 de agosto de 2009.

Marcela de Baumont
Enviado por Marcela de Baumont em 14/08/2009
Código do texto: T1753888
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