Coração de alegria
Quando o vento entre as árvores silencia,
desfaço-me em agonia,
vejo o quão triste é a sinfonia
que a alma carrega no fim do dia.
A lua, a mesma lua dos segredos,
adormece entre as sombras caladas.
O seu sono é breve, é furtado
das asas das borboletas no costado.
Então o coração devolve a alegria,
suspira envolto em grande harmonia
e esquece a ausência que passou.
Vai sereno e vibrante anunciar a quem amou.
Sem se deixar tornar como prisioneiro,
saltita eufórico entre os breves luzeiros.
Enquanto os pensamentos nos alimentam
das graciosas emoções que nos acalentam.
São Paulo, 5 de agosto de 2009.