Despertar
Era então o frio que tremia os negros cabelos
Ou o desespero de amor que caía de joelhos?
Não sei a intenção dos encantos.
Ainda quebram voraz e sutilmente na minha deserta praia
molha a areia com ondas que vêm e vão...
Mas logo no peito se desmaia,
essa coisa que é sim, ou não.
Uma tal solidão, vai morrendo
Junto às cordas brancas entrelaçadas ao meu corpo
"Será o suspiro do vento?"
Ou o amor cochichava "não estou morto.."
Geladas, minhas veias feriram e um sangue fervente jorrava
Por dentro um estrondoso e apaixonado grito
Nesse mesmomento receoso e aflito
Acordei nesse sonho cruel! Nesse pesadelo maldito!
- Pensando - que me abraçava!
Logo um silêncio rompeu a calma em êxtase
Paralizavam-se sem tremer mais
Era uma luz em torno dele
O vento suspirava mais ainda
Que novamente me encontrei... carinhosamente perdida.
De dentro surgiu terna chama
E alguma coisa amanheceu um pouquinho em mim...
E agora, no peito se desbota,
Fica frio, friiio... e distante!
Do teu precioso jardim.