Despertar

Era então o frio que tremia os negros cabelos

Ou o desespero de amor que caía de joelhos?

Não sei a intenção dos encantos.

Ainda quebram voraz e sutilmente na minha deserta praia

molha a areia com ondas que vêm e vão...

Mas logo no peito se desmaia,

essa coisa que é sim, ou não.

Uma tal solidão, vai morrendo

Junto às cordas brancas entrelaçadas ao meu corpo

"Será o suspiro do vento?"

Ou o amor cochichava "não estou morto.."

Geladas, minhas veias feriram e um sangue fervente jorrava

Por dentro um estrondoso e apaixonado grito

Nesse mesmomento receoso e aflito

Acordei nesse sonho cruel! Nesse pesadelo maldito!

- Pensando - que me abraçava!

Logo um silêncio rompeu a calma em êxtase

Paralizavam-se sem tremer mais

Era uma luz em torno dele

O vento suspirava mais ainda

Que novamente me encontrei... carinhosamente perdida.

De dentro surgiu terna chama

E alguma coisa amanheceu um pouquinho em mim...

E agora, no peito se desbota,

Fica frio, friiio... e distante!

Do teu precioso jardim.

Natália Camargo Dutra
Enviado por Natália Camargo Dutra em 08/05/2011
Código do texto: T2957704
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