DESPREZO DO SAMBA
Mulher que não me ouve
Porque tua tolice me condena
Não piso mais em tua avenida
Teus murmúrios me surpeeende
Vestiu teu porta-estandarte
Saiu sem alarde, mesmo sendo tarde
Não vejo mais porque amar-te
Só tua harmonia pode completar-te
Os poetas do samba te emocionam
Quando atravessa a passarela
Cordial eu me sentia racional
Como essa cabrocha não tinha igual
A voz do samba ecoa e maltrata
No cortejo da mulata na avenida
Pensei em fazer minha serenata
Mesmo depressivo senti tua partida
Mulher de estigma surreal
Procura alegria na paz mundial
Sofre de amor por resignação
Morre sambando sem ter perdão
Carlo Magno 05/09/11