Criança gente grande

Acostumei-me a ver as árvores com raízes

Em ter um pedaço de papel pra desenhar

Como uma graciosa menininha quando descobre o giz de cera,

Foi à parte mais linda que pude ver

Olhei o tempo e suas pontadas

Detestei ter que me debruçar sobre ele

Como não tive escolhas acabei acatando,

Mesmo muito inquieta

Vieram as chuvas vazias

Um sentido muito pasmo e cinza

Uma longa tempestuosa caminhada,

Ainda sim, minha caminhada

Os sapatos estão sem pés

Hoje o dia começo a fazer sentido,

Mesmo com um lugar ao mar

Busco a força de sua intensidade

Sou meus lados em tempos

Firmes os passos que me guiam

Estrada de onde acabei formando

O que de mais quero ser um dia.

Naty Silva
Enviado por Naty Silva em 16/04/2012
Código do texto: T3615548
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