Ainda tenho felicidade


 
Vão  dizer que sou irresponsável, materialista,
E sei, muito bem, porque me conheço, que não é verdade,
mas hoje vou comprar um carro Chevrolet, modelo Cruze,
todo equipado, hidramático, GPS, rádio, televisão.
AH! teto solar, e encomendei  a cor vermelha!
É muita alegria, de todos os bens materiais
só me apego mesmo a um carro!
Mas ainda prefiro lembrar daquele amor!
A moça tremendo com meus sussurros no seu ouvido,
e me beijando, beijando loucamente,
segredinhos à noite.
Mas isso não foi o melhor, o melhor do amor
é a força que ganhamos, a alegria de viver,
até as brigas são gostosas e quase
por a mão no fogo por ela.
Nos lançarmos de cabeça na vida, sem nada temer,
e pagar qualquer preço pelo sorriso dela.
Ah! como me arrependo de não ter dado valor à minha carioca

Felicidade é isso. E isso ainda tenho dentro do meu peito!



 
     Nota:      A ideia foi tirada de um  conto  antigo de Hermann Hesse, sobre uma  pessoa vitoriosa no jogo, que sentia saudades dos seus amores. Aqui, a  história é toda minha e não tem nada a ver com jogo. Jogo do amor, sim!