FERA
NA calada da noite a fera aparece
Primeiro examina se a noite é só dela
Se o silencio dormiu ou se esta cochilando
Então aproxima e faz-me refém
A fera é fera
Entrego aos desejos e pertenço a ela
Está tudo acabado e começo a noite
A fera que fere atinge-me alma
Renasce a vontade de viver só de arte
Me ponho a brincar de letras trocadas
Procuro, pesquiso, invisto e revisto
Resultado encontro não sei se bem- feito
Mas sinto o prazer das letras pulando
Cantando e dançando até não aguentarem
A fera adormece e acorda a bela
De olhos inchados e de corpo cansado
Se sente, mas bela.
Pois fez o seu cérebro dançar noite afora