um verso para cada mês

Eu sempre me lembro dos primeiros momentos

De um ano inteiro quão logo a vida segue como um rio que corre por todo janeiro é caldaloso preguiçoso quando encontra fevereiro e se vai a desaguar nas corridas manhas de março

E tudo o que faço como este céu azul que perpasso torna-se largo longo e tardio é o tempo rasgando o horizonte quando se passa abril

E o sabor de maçã das mães de maio onde cada hora tem um sentido diferente pela aquela que nos a luz e viu nascer os nossos dentes

Metade se foi e com ela a sensação de um piscar de olhos em que se vive uma pequena porção Junho se vai leva biju tapioca grude pão de o milho e que doçura que é aquilo lembra nosso avô o campo o estradão

Estrada que por julho passa e como fumaça sete meses lá vão e este tal agosto que pra muitos lembra desgosto para mim é comunhão e abençoado seja neste caso o seu quinhão e se bem me lembro setembro o amor no peito se aninha casais de namorados com seus lábios debruçados nos bancos das pracinhas, a marcha do soldado valente o revoar das andorinhas é quando outubro vem,

Outubro tem um grande valor emocional chega todo carregado de beleza em suas rendas de cristal e o nosso ser como sempre desatento tão logo se ver passar novembro e diz assustado nossa já chegamos!

Pois bem Dezembro sempre renova a esperança de quem tem um sonho recomeçando.

isaac santiago
Enviado por isaac santiago em 09/01/2015
Código do texto: T5096550
Classificação de conteúdo: seguro