Filhos da humanidade
Filhos de pedra
Rigidez, solidez
Sem sol nem lua
Apenas uma penumbra
Um cinza com chuva
Frio e secura
Na morte sua,
as lembranças serão duras
Serás para a terra,
um resto de armadura,
presa e úmida...
Filhos da Lua
Ah! Como brilham com ternura
Enamoram-se pelo céu e a rua
Pela grama, pelo orvalho
Um amor enfeitiçado
Pelos raios enluarados
Apaixonam-se brilhando
e iluminando todos ao seu lado
Um amor disfarçado
Mas tem sabor de pecado!
Filhos do Sol
Como são quentes!
Amam-se e sorriem alegremente
Nem pensam no futuro a sua frente
Vivem o momento presente
Pois escancaram o que sentem
Dizem tudo que vem na mente
Até o que for indecente...
Saem sutilmente
Passeam rindo à toa
Sentam em frente à lagoa
Amam-se uma vida toda
Na nudez
de suas almas entregues
com insensatez
Num calor de morrer
Beijam-se até o amanhecer
Entregam-se para valer!
AdrianaF
2017