O SOL QUE NASCERÁ AMANHÃ
O sol que nascerá amanhã
Não mais me fará falta
Faz falta hoje
Mas não nascerá mais hoje
Logo hoje que precisava tanto da claridade de teus raios
Penso às vezes que só a tua lucidez poderá me contentar
Trazer-me outra vez riso aos lábios
Alegrar minha alma
Cantar uma canção que eu ouça e goste
Talvez se ele apenas cantasse
Já me alegraria
Mas pensar que os raios de sol podem cantar
Talvez seja loucura
Então se eles podem cantar, mas não dão as caras mais hoje
Procurarei algo que me faça alegre
Talvez um sorriso de uma flor
Uma pedra que murmure
Alguma meninice da natureza
Já que os meus raios de sol cantam
As flores podem se entusiasmar e me contemplar com um sorriso
Talvez até gargalhem quando lhes fizer algum gracejo
E então ficarei mais feliz
Não pelo sorriso que receberei d´uma flor
Por que uma flor não sorri
Nem tampouco o sol canta
Mas Por ter feito fantasia dos meus pensamentos
Algo de loucura na verdade
Mas me alegrou
É belo saber que posso me encontrar em mim mesmo
Fazer coisas impensáveis, impossíveis
E rir de tudo
Por saber ser fruto apenas de minha mente doentia
Mas traz-me alegria
Tanto quanto se alegra um pássaro
Ao fazer reverências a tua cantiga
Ou tanto quanto se alegra uma cantiga
Ao compará-la à de um pássaro.