MORENA ESCULTURAL
Era de uma beleza ímpar, em demasia,
Um corpo curvilíneo, moreno, bronzeado,
Percorrê-lo em cada canto era convidado,
Nele fartar-me, viajar em linda fantasia.
Seu corpo quente, um apelo ao pecado;
Mas, se banhar-me naquele corpo fatal,
Que do pecado seja eu um condenado,
E muito peque naquele corpo escultural,
Seus longos e sedosos cabelos negros,
Os seios, firmes, fazem sensual convite.
Seus olhos prenunciam ardentes desejos,
E me entrego de corpo e alma ao deleite.
E eu a tenho com tamanha intensidade,
Tenho seus beijos, carinhos, seu prazer,
Que me deixam inebriado e que invade
O meu íntimo, a alma e todo o meu ser.
Quando ela num tremor, aperta-me forte,
E geme um gemido longo de orgasmo,
Agradeço por tanta, mas por tanta sorte,
Possuir aquela escultura, um belo colosso.