MORENA ESCULTURAL

Era de uma beleza ímpar, em demasia,

Um corpo curvilíneo, moreno, bronzeado,

Percorrê-lo em cada canto era convidado,

Nele fartar-me, viajar em linda fantasia.

Seu corpo quente, um apelo ao pecado;

Mas, se banhar-me naquele corpo fatal,

Que do pecado seja eu um condenado,

E muito peque naquele corpo escultural,

Seus longos e sedosos cabelos negros,

Os seios, firmes, fazem sensual convite.

Seus olhos prenunciam ardentes desejos,

E me entrego de corpo e alma ao deleite.

E eu a tenho com tamanha intensidade,

Tenho seus beijos, carinhos, seu prazer,

Que me deixam inebriado e que invade

O meu íntimo, a alma e todo o meu ser.

Quando ela num tremor, aperta-me forte,

E geme um gemido longo de orgasmo,

Agradeço por tanta, mas por tanta sorte,

Possuir aquela escultura, um belo colosso.

Lúcio Astrê
Enviado por Lúcio Astrê em 29/09/2007
Código do texto: T673047
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