Vieste-me e vestiste-me de sonhos
Sonhos que me adoçaram a alma pura
Fui nua de mim ao encontro dos teus versos
Conheci em íntimo contato de almas
O amargor que destilavas a cada palavra
Já não direi que não sucumbi por momentos
Ah meu querido! Vi-me por tuas entranhas
Vi-me tragada e assustada, exalada ao vento
Mas no rodamoinho me resgatei e retirei-te de mim
És fogo-fátuo, utopia, panacéia, o charlatão das palavras
E de mim saí­ste enfim como bailarino errante
Perdeste o que de precioso te doei
Agora me resguardo liberta para um amanhã real de luz