Trago letras aos bocejos

Trago letras aos bocejos

quando às horas de dormir;

pulo linhas na calçada,

tanto faz se tanto fez;

corro à foz da madrugada

como às sombras de um vulcão,

vejo cores de mãos dadas

o vermelho com o limão;

durmo sempre ao mesmo lado,

pinto sempre o mesmo céu,

orno flores na espingarda,

tirolesas de papel;

doiro luzes, vendo sóis

caibo azuis e rouxinóis.