Sobre ontem, hoje e amanhã

Foi assim do jeito que estou contando,

Faz mais ou menos um ano que nos reencontramos.

Na sombra da noite, uma luz no rosto, uma tela de computador,

Não poderia ser uma máquina qualquer desconectada, mas,

Tinha um teclado e, nossos dedos, nossos olhares, nossas mentes

Se encontraram.

Mãos frias, suadas, talvez pela madrugada,

Havia tempo em que elas não ficavam assim,

Poderia ter voltado? O bater descompassado do coração?

O clamor pelo toque da mão? O sorriso que não seja em vão?

Dias e noites passam, nada de dor agora,

Pois encontramos algo que nos deixa próximos,

É um trevo de quatro folhas que tragamos,

Numa noite, numa estrada, num canto,

Mas nunca nos tocamos.

(formigas chatas, só procuram meu sangue)

Adriano

23.11.07