O FORRO DOS BICHOS

As festas juninas se aproximam

e na floresta, é um movimento só!

A coruja marca a quadrilha,

os noivos ensaiam o sim,

as costureiras fazem e desfazem,

noite e dia, dia e noite.

Dona Garça alinhava,

a pata se incumbia das medidas,

enquanto o papagaio

se responsabilizava pelas fitas.

Já o tucano entrou pelo cano,

comprou os chapéus trocados...

Lá foi o Sr. Pavão

acalmar os ânimos

e resolver a situação,

que de antemão,

gerou uma confusão

e deixou muitos na mão.

Tudo se resolveu

e os bichos voltaram a trabalhar.

Remendaram calças

e colocaram nas roupas:

bicos, fitas, rendas e alças.

Não houve trapaça.

Até o espantalho,

ganhou roupa nova,

uma camisa quadriculada,

uma calça jeans desbotada,

toda remendada,

saindo de todo canto, muita palha.

O ensaio ia de vento em popa,

quando o sanfoneiro

resolveu aprontar:

comeu mais da conta,

bebeu muita pinga,

foi pro hospital e caiu na seringa.

Voltou dias depois

amarelo como ele só.

Precisou curtir um sol.

Depois voltou a tocar animadamente,

deixando todos satisfeitos

e dançando alegremente.

Chega o grande dia.

No salão, bandeirolas coloridas,

lá fora a fogueira trepidava,

na mesa, muita comida e bebidas.

E o Arrasta pé se iniciou

levando todos a dançarem com alegria.

Vera Jacobina
Enviado por Vera Jacobina em 02/06/2022
Código do texto: T7529247
Classificação de conteúdo: seguro