Felicidade 

Felicidade, fujona,
de vez em quando me abandonas,
querendo brincar de esconde-esconde;
e eu já nem te procuro aonde
penso que possas estar:
nunca estás lá.
 
Felicidade, bobona,
vê se tu paras de se esconder,
vem prá bem perto e tu vais ver
que eu não te prendo, não te aprisiono,
te deixo livre e não te questiono,
sem ti até fico bem, se queres saber.
 
Mas se um dia quiseres ficar,
traga tua mala e tudo que tens,
não gosto muitos dos teus vaivéns,
da tua incerteza, senões e talvez:
Ou ficas ou vais embora de vez!