No fundo do olhar

No fundo do olhar,

A razão do viver,

Uma mácula no sonhar,

E uma vida por esquecer.

O fim sempre espera,

Sua gênese é abstrata,

É um ciclo, uma era,

Em que a existência se retrata.

Não se pode calar o sentir,

Ele mora no fantástico,

Vem à tona no devir,

E torna o breve presente mágico.

Sem olhos para a solidão,

Miramos a noite escura,

Damos as costas para a razão,

E saudamos a ternura.

Voar para o horizonte bonito,

É a jornada mais doce,

Permeada pelo fortuito,

Inebria quem quer que fosse.

Daniel Marin RS
Enviado por Daniel Marin RS em 07/06/2023
Código do texto: T7808140
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