Ao encontrar a felicidade
Sucumba, ó dor lastimavel
Pois de tuas garras nao sou mais servo
Sucumba, ó dor imprestavel
Pois hoje acordei e é luz que observo
Nas profundezas de um precipicio
Também há amor escondido
E em meio a meu proprio ser esmorecido
Jazia uma força que destruiu meu suplicio
Hoje sou de carne, mas também de alma
Hoje sou mortal, mas também eterno
Hoje sou um nadador de aguas calmas
Nao estou mais exilado em meu proprio inferno
Mesmo que eu houvesse blasfemado
E porventura cometido mil pecados
Sempre acreditei que estava fadado
A um destino bem mais iluminado
E agora em mim repousa a serenidade
De um futuro tão solene, cheio de esperança
Pois depois de anos bravios de muita andança
Encontrei, afinal, a que chamo de felicidade