Dança sutil

Numa dança sutil com a melancolia,

Dias cinzentos, uma onda que se anuncia.

Fugir é inútil, a tristeza nos alcança,

Nostalgia abraça, a alma dança.

Desanimados, como folhas ao vento,

A melancolia tece seu lamento.

Somos reféns de emoções indefiníveis,

Num mar de sentimentos imprevisíveis.

As lágrimas, tal chuva silenciosa,

Regam a terra da alma saudosa.

É um assalto suave, mas persistente,

Uma dança triste, mas envolvente.

No vaivém das memórias perdidas,

A saudade tece suas próprias vidas.

Desenhando ciclos de despedidas,

Somos poesia em noites esquecidas.

Assim, nos entregamos ao fluir do tempo,

À melodia triste de um lamento.

E, nesse palco de sombras e luz,

Descobrimos que a tristeza também seduz.

Mas, como o sol após a noite escura,

A esperança desperta, pura.

E assim, na dança da vida incerta,

Encontramos força na alma aberta.

Diego Schmidt Concado

Bipolar Poeta
Enviado por Bipolar Poeta em 19/11/2023
Código do texto: T7935164
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