OS PASSOS DE UM ASSASSINO

Um assassino de palavras caminha

Vê ao passo de sua angústia uma frágil poesia

A seguir em seu furor, palavra não dizia

Sua horrenda aparência causa em todos arrelia

Mas, por quê? ... ?... ?... ?... ? quê? ...

Como um eco, ternamente entoando

Enquanto não sabe vai-se assim indagando

Em sua andança,ao tropeçar num torrão

Que dor imensa!

Veremos agora o biltre em ação?!

Que fará em sua ira pela terra que o feriu?

Coisa estranha! Foi-se a dor e simplesmente sorriu

Esboçou uma alegria em silêncio e partiu

Com uma adaga em punho crime algum não se viu

Nem ao menos, blasfêmea contra alguém proferiu!

Sempre a arrastar em silêncio

Tampouco a dor exprime!

Talvez dela não se exime

Onde mata essas palavras

Não há alguém que saberia

Será também um poeta?

- Que terror! Se acaso ele for

Qual será o destino da nossa pensante poesia?

lançarott
Enviado por lançarott em 26/01/2008
Reeditado em 27/06/2008
Código do texto: T833333