EXTRAVAGANCIA

Com certeza em alguma circunstância

A gente vai onde a vista alcança

Não mede risco, tampouco distância

Não teme arcos, flechas, a lança

Atitude longe de ímpeto ou jactância

Há momentos em que a monotonia cansa...

Quase tudo perde a importância...

Qual lado a seguir, a dúvida balança...

Ainda que se tenha abundância

Desprezamos toda nossa segurança

Corremos atrás de nova fragrância

Algo que não tenha semelhança

Não precisa destaque ou relevância

Nenhum mistério ou pajelança

Algo como um retorno à infância

Aquele flutuar do sonho de criança

Parecer que saímos de consonância

Talvez armarmos verdadeira lambança

Mas, que delícia cometer extravagância

Ela se grava, permanente lembrança

Pedro Galuchi
Enviado por Pedro Galuchi em 04/02/2008
Reeditado em 04/02/2008
Código do texto: T845980
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