MINHA UNICA E MELHOR POESIA ( veridica lembrancas da minha infancia)

Quatro patas

Menina.

Cabelos soltos ao vento,

(Minuano)

Pouco importa o destino!

Quando o bom., É andar ao léu!

A frente campesinas, cheiro da mata matutina!

Sem sinais de arranha-céus!

Só conhece velocidade...

Quem galopando

perdeu o chapéu!

Lá no meio do campo!

Montada em um cavalo...

Meu mundo nunca foi ilha!

Não existe mundo pequeno...

Pra quem monta um potro

Quarto de milha!

Num mundo de fantasia, era metade centauro!

Nunca levei nenhum tombo!

Enraizada no lombo...

E nas patas do meu cavalo!

***

O horizonte visto de cima...

Era perfeito e azulado!

Quando explorava o terreno, em solo.

Com passos sempre apressados!

E eu que nunca andei só...

Sem medo de armadilhas!

Se no chão eu caminhava...

Andava sempre em matilha!

***

Aprendi a não ter medo

A dar voltas no perigo!

Cruzando pastos imensos...

Deparei-me com inimigos, bandidos,

E alguns vilões!

Mas só sabe o que é, não ter medo!

Quem já fez longas jornadas...

Acompanhada de seus cães!

A noite quando voltava

A luz da morada dourando

sabia que perto do fogo a lenha

Uma familia de gatos

estavam sempre esperando

E ali, no conforto da casa...

a beira daquele fogão

Filosofava ...

Aquele que entende afagos e ronronos

Nao conhece solidão..

Meus amigos de quatro patas...

Se de raça, ou vira latas!

Se quarto de milha ou um pingo!

Se mansos como cordeiros.

Ferozes como um leão!

Se feios, velhos ou bonitos

Pacíficos ou indomados!

Meu mundo, não era mundo...

Senão os tivesse ao meu lado!

Não tenho estórias à contar!

Em que não tenha companheiros!

De pêlo, cauda e matreiros...

Que me tenham feito feliz!

E daqueles que já se foram

Deixando na saudade, marcas!

Tão profunda feito facas!

Em relevo...cicatriz!

Daqui, quando eu me for,

Sigam-me. Meus companheiros!

Farejando universo afora

Como se ainda fossem campeiros!

E lá na porta do céu,

Caso não possam entrar

A coisa não é difícil!

Sendo eles meu patrimônio

Compro briga até com Deus!

Neste caso, Vou embora!

E vendo a alma pro demônio!

Jacqueline Marchioro