MAGNA

Grande, assim que a vejo.

Eu não tenho medo de enfrentá-la,

só um profundo apreço, uma profunda vontade,

de não terminar jamais

Eu nunca a vejo

e nem vejo em tuas palavras qualquer poema decifrável

mas me toca toda uma sensação

de que muito sinto e que sem você nada sentiria

Grande, quando perto a me dizer

coisas às quais não consigo me contrapor

ou coisas que me entram e saem simplesmente

importantes, mas às vezes impotentes

Pequena, quando assim muito longe

Quando cabe por si em minha saudade

Que me penetra qualquer estigma de eterno

Você me disse, e eu não seu sua idade.

Pequeno sou eu que nada sou

Grande sou eu que tudo sou pra mim

Pequeno sou eu em meu amor

quando grande é a incoerência que toma conta de mim.