****Entre beijos e olhares nasce uma gostosa amizade****
Cruzam-se os olhares
Na paz perpétua
De um saudoso beijo.
(Roberto)
Entre beijos e olhares
Nasce uma gostosa amizade
O tênue e o eterno.
(Polí)
Não há mais revolta.
Paira a serenidade,
A tranquilidade intranquila
De todos os desejos,
Que com a Primara regressam.
(Roberto)
Caminho e campos belos
Passáros voam em paz
Em busca dum ninho seguro
Jardim, mar, estradas e rios
Seguem unos no mesmo trio
Colhendo-se perfumosas flores
(Polí)
Tudo se move
No seu ritmo certo,
Absolutamente certo.
E o desfiladeiro,
Não apavora mais
Os olhares inquietos.
(Roberto)
Os beijos nossos remos
Os olhares que buscastes
Passáros doces e selvagens
Flores, canteiros, voemos
(Polí)
O mar
Enrola-se na areia,
Ao som do canto das sereias
Sempre despertas para novos amores.
(Roberto)
Golfinhos, ostras , sereias
Conchinhas no anoitecer
O sol a testemunhar
O amor da areia e do mar.
(Polí)
Na paz dos Anjos,
Se acalentam as tempestades,
Fatigadas,
Do seu peregrinar incerto.
(Roberto)
Trombetas e harpas se ouvem
A paz enfin céus e terras reinam
Olhares ocultos aplaudem
O mais lindo festejo
(Polí)
Os segredos
Da vida e da morte,
Já não se ocultam mais.
(Roberto)
Dividendos momentos
alegres e tristes, infernais
Totalizam-se sentimentos reais
Morte aqui não tem lugar.
(Polí)
Os corações despertos,
Estão aí,
Preparados para outros re-começos.
(Roberto)
Dá-se a chance por um lamento
O alvo da flecha se faz certeiro
Amando, assim vivemos.
(Polí)
Eleva-se a singela nudez
Dos corpos em comunhão,
A pura leveza
Dos olhares,
Que já não são pálidos,
(Roberto)
Deitam-se os corpos calientes
Ardentes, fervorosos
No mesmo desejo, festejos
No altar do vinho suculento
Desejos, vulções, erupções
Provam do mesmo sabor
Perde-se a razão.
(Polí)
Ergue-se o riso das crianças,
De olhos claros,
Que a alegria espalham
Por todos os lugares.
(Roberto)
Gangorras, cavalinhos
Cirandas e arte manhas
Escorregadores e montanhas
Saciam-se seus amores
(Polí)
A Paz
Torna-se visível,
Perceptível,
Até para os olhos míopes.
(Roberto)
Brincadeiras mávias
Suores, a calma
Felicidade conquistada
(Polí)
O Amor permanece,
No seu devido lugar,
Mesmo que incerto.
(Roberto)
O brilhos do sol
Renasce, a lua
Contínua, sorria, ilumina
Esquinas, estradas e ruas.
(Polí)
A Felicidade regressa,
A todas as almas,
Outrora despedaçadas,
Agora embriagadas
Pelos cheiros das flores,
Que na Primavera se abrem.
(Roberto)
Aninhados passáros cantam
O vento sopra tranquilo, calmo
Límpidas cachoeiras convidam
Um mergulho a conhecer o fundo
Bicas e grutas insultas
(Polí)
Cantamos,
Sem dor,
Todas as dores.
E o sofrimento torna-se leve.
(Roberto)
Amamos, sorrimos
Secamos e permitiremos
O descer das cristalinas
Brindando a felicidade perseguida.
(Polí)