UMA NOITE CALADA

Parei,pensei e não saiu nada,

viajei, não consegui esboçar,

nenhuma frase significativa.

Sem inspiração me transporto

para o nada - meu eco duvidoso,

olhei para o caderno,

não senti aquela intimidade...

a caneta apenas rabiscou algo

inteligivel e incorreto.

Olhei o tempo e ele não me disse

o que escrever...

substancialmente continuei,

para ver aonde ia com a poesia.

Com maestria driblei subitamente

meus pensamentos vazios, em flores...

Preenchi meus versos em formas coloridas,

fitei o azul imaginei um céu,

veio o calor que emana do sol.

mergulhei no meu carrosel.

Interessei pelo amarelo da rosa solitária

percebi suas pétalas abrindo devagar.

O cheiro exalou na folha que escrevo,

minha poesia teve vida,

não ignorei o vermelho das paixões

dos amantes apaixonados,

dos eternos sedutores que misturam

seu modo sensual de amar.

Inspirei no verde das florestas,

e redimi minha vontade esperta

de construir palavras discretas,

sem esquecer do brilho das madrugadas

que deu vida a essse meu pensamento.

E nesse arco-iris imaginário,

contemplo admirada e feliz,

minha obra poética

que virou fantasia colorida..

Minha manila de fazer versos

sem inspiraçao....

soraia