EXAGERAAAAADU!

eis que surge uma mente controversa

em versos e gestos e atos:

não por acaso deve ter sido gerado

no trem das sete indo para

ou vindo de kriptônia!

às vezes espalha coisas

por chãos de giz

para admirar a dança das borboletas –

depende do baú!

sem botas porém quase de barbas longas

dentro da cerca da sua prisão

beijo por beijo não vale a pena dar

e ele não o dá – não escarra na boca

ainda que não gaste seu batom à toa:

faz parte do seu show

exagerado que é!

foi vítima do amor

algoz de si

filho da puta no bom sentido

como me chamou

debruçado sobre o

renato cortado:

acho que pegará um trem para as estrelas

não morrerá

orquídea negra não morre –

cabeça cheia como um saco de confetes –

não poderia ter outro nome, maluco que é,

acordado no dia em que a terra parou:

raul

o exagerado!

Ao Raul Furiatti, este artista sem máscaras!

Hernany Tafuri
Enviado por Hernany Tafuri em 07/05/2009
Código do texto: T1580783