EXAGERAAAAADU!
eis que surge uma mente controversa
em versos e gestos e atos:
não por acaso deve ter sido gerado
no trem das sete indo para
ou vindo de kriptônia!
às vezes espalha coisas
por chãos de giz
para admirar a dança das borboletas –
depende do baú!
sem botas porém quase de barbas longas
dentro da cerca da sua prisão
beijo por beijo não vale a pena dar
e ele não o dá – não escarra na boca
ainda que não gaste seu batom à toa:
faz parte do seu show
exagerado que é!
foi vítima do amor
algoz de si
filho da puta no bom sentido
como me chamou
debruçado sobre o
renato cortado:
acho que pegará um trem para as estrelas
não morrerá
orquídea negra não morre –
cabeça cheia como um saco de confetes –
não poderia ter outro nome, maluco que é,
acordado no dia em que a terra parou:
raul
o exagerado!
Ao Raul Furiatti, este artista sem máscaras!