JÚLIA
SETEMBRO 2007
Narizinho arrebitado,
Cabelinhos encaracolados,
Num rosto suave
Muito delicado...
Um brilho primaveril
Naquela figura pequenina.
A graça, a alegria
unidas, dádiva, gentil...
Conheci Júlia na praia
Entre tantas crianças
A menina catita,
Que deixou lembranças...
Ela brincava sem parar
E sorria para todos
Ia de par em par
Conseguia nos alegrar...
Deixava o restaurante,
Com ares de festa,
Sua presença era o bastante,
Para o jardim virar floresta!
E a praia meio cinzenta
Se enchia inteira de sol
Quando com seu baldinho
Construia um arrebol
Seu irmão era o Vicente
Sua mãe a loura Regina
Seu pai vivia contente,
Com a família, menina!
Minha irmã e eu sorríamos
Quando a pequena passava,
Correndo com as crianças
Os folguedos ela liderava!
E aquela breve estadia,
No lindo dragão, Guarujá,
tornou-se linda luzidia,
Com a catita Iemanjá...
Talvez um dia a reencontre,
Moça feita, doutorada...
E lhe entregue este poema...
Numa folha amarelada!