BEBEDOURO
(2002)
À Aparecida Donizeti Bertanha Cassola
Lá no jardim da Cidinha,
Foi deixado um bebedouro.
Vi, então que ali havia
um lindo pote de ouro!
O ouro estava na figura
Dos filhotes de bem-te-vi
Que vinham saborear
a água mais pura que vi.
A cena era tão bela,
Tão suave, aconchegante,
Que abri minha janela,
Naquele mesmo instante!
Vou pedir ao meu esposo,
Um bebedouro igual.
Quero aquela companhia:
Próximos e livres- é genial!
Minhas estrelízias atraem
Os pequenos beija-flores.
E aquele bebedouro,
Traz os pequenos cantores!
Se você, leitor, nunca viu
Filhotes assim tão belos,
Não sabe o que está perdendo:
São delicados e amarelos....
Quando vou caminhar,
Ou mesmo ao regressar,
Dou sempre uma olhadinha.
Sinto grande bem estar!
A vizinha não se importa,
Coisa boa é copiar,
Quando a bela natureza,
Resolvemos ajudar!
Enquanto eles se regalam
De água pura e docinha,
Nós humanos, nos entretemos
Com sua figura mansinha!
No jardim ali na frente,
Há um belo pote de ouro.
Entendi, tão de repente,
Que a amizade é um tesouro!