À Aldenise, amiga de todos os tempos

À Aldenise, amiga de três décadas

Preciosa amiga

De cabelos anelados em cascata rara

De sotaque nordestino

Aquele

Que questiona sem inquirir

Que expõe idéias

Com a paixão das “Asas Brancas”

Cujo abraço

Remove tristezas

E eleva a condição de sentir-se humano

Outra vez.

Preciosa amiga

De coração tão grande

Que cura chagas

De enorme senso estético da vida

E de esperança renovada a cada seca.

Preciosa amiga

Dos Nordestes do Brasil

Ofereço-lhe meu ombro paulista

Nesse e qualquer momento de suas dores

Porque, de ascendência italiana,

E ainda que sem sotaque,

Nossos modos de sentir a vida,

Você, explicitando,

Eu, introspectiva,

Alcançamos o mesmo sangue.