Minha amiga

Nada mudaria em meu passado

Porque ao brincar com o destino

Poderia não mais me cruzar contigo

E o simples fato de te conhecer

Me leva a crer que estou no meu caminho

Um caminho que não trilho sozinho

Um trilho que é meu abrigo

Um abrigo a céu aberto

Um céu aberto, estrelado e negro

De um negro que só teus olhos negros podem igualar

Então porquê mudar o meu passado?

Se eu fosse mago...

Que poderia eu querer mudar?

Eu já te tenho tão perto, tão em mim

Quem sabe se ao mudar não seria assim

E estaria eu caminhando ao relento

Com um círculo gasto sob meus pés

Desconhecendo este sentimento

Não fazendo ideia de quem tu és.

Mas eu sei que és, sei que estás, onde e porque estás!

Então para quê mudar o meu passado

E te ocultar ao coração?

Tu, só tu me dás

Alegria em cada vez que dás

Um passo desses passos que dás

Com a tua mão em minha mão!

E nessa mão de criança

Que infelizmente a vista não alcança

Eu sei que existe uma linha

Que começa aí e termina aqui

Aqui onde termina a minha!

Por isso, repito, não mudaria

Uma virgula sequer á minha vida

Meu amor, meu abrigo, minha amiga!

TrabisDeMentia
Enviado por TrabisDeMentia em 18/08/2006
Código do texto: T219598