Gente Simples

Faço questão nenhuma de diploma,

De qualquer tipo de pompa,

Que desague em vaidade,

Ou em crença de superioridade.

O estudo propicia ao homem usar a inteligência

Contra si próprio.

Autoconvence-se com fortes argumentos,

Sobre a direção do seu comportamento.

Deixando assim, os fatores evolutivos

Aos sinceros cuidados da negligência.

Polariza o conhecimento no negativo,

Criando um círculo de infelicidade,

Por absoluta falta de sinceridade,

Justificando o seu debruçar sobre o ópio...

Sobre o ócio,

O uso cada vez mais indevido do ódio!

Ao invés de usar a intelectualidade,

Para aprimorar a personalidade,

Para ser uma pessoa melhor,

Para focar num horizonte maior,

Falsifica um discurso,

Desviando sua embarcação

Do seu cósmico curso,

Que é a espiritual evolução.

Por desconhecer os prazeres dessa senda,

Por não ter ideia de quem realmente seja,

Emprega o que conseguiu aprender,

Para se esconder.

Normalmente, não assume que precisa de ajuda.

Enfia-se em desastrosos relacionamentos,

Fadados a deslizamentos.

Segue hipnotizado pelo dinheiro,

Sem escutar o travesseiro.

Coloca no destino toda a culpa

De sua frustração,

Da sua destrutiva solidão.

Caminha sem saber para onde ir,

Sem perceber o que está fazendo no planeta.

Complica-se com o profundo sentir,

Ignora as universais certezas.

Já as pessoas mais simples, são mais autênticas,

Nada têm de transgênicas,

São o que são.

Respeitam o chão.

Valorizam os pequenos momentos,

Como se fossem presentes sagrados.

São palpáveis os seus sentimentos,

Verdadeiros e carinhosos os seus agrados.

Não se esquecem de agradecer,

Têm uma invejável disposição.

Reverenciam, à sua maneira, a Criação.

Têm um incontestável prazer...

De viver!

Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 14/05/2010
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