MARIADA
Bem-me-quer? Há de querer
Mal nasceu, foi escrever
E falar, de amores, foi falar
Coração a mariar
Ana Maria, mareia
Tua fauna, flora, floreia
No mar de rosa, a sereia
A sorriar
Verdade e sonho inventeia
Brinca de índio na aldeia
Tu faz um conto, encanteia
Meu amorar
Mal criou, já quis contar
Foi correr e avoar
E chover, amores, faz chover
Vinho e pão a mariar
Umberto Erê
Dedicado à minha amiga Ana Maria Maruggi, uma mulher dotada de tanta criatividade e graça que acaba por não caber em si, transborda seus encantos sobre a lauda em branco e nos colore a percepção.