Te amo, amigo virtual!

Porque assim tu és, gente,

nobre, sensível, inteligente,

afetuoso, quando falas comigo,

bonito de alma e amigo,

tão maduro, quase douto,

pelo tudo que te sei e é tão pouco,

pelo muito, quase nada...

timidez em telinha guardada,

dos sentimentos receando,

digo-te que estou amando.

Amo-te sinceramente,

com amor adolescente

mas amor de amar eternamente,

não envolto em aparências

com toda pura consciência.

Guarda, para ti, esse sentimento

pra quando houver conhecimento

livre de comprometimento,

que te dou agora, como amiga,

e que de futuro nada lobriga.

Caminhemos juntos, sem idade,

para o que nos leva a amizade.

Já te disse, amo-te sem te ver,

como sempre amo, mesmo sem se ser,

não falo do amor carnal, tocado,

nem daquele apaixonado.

O que de amor depois vier,

será todo o resto, se houver,

nascido agora desse nosso tudo

mesmo se fores feio, careca e barrigudo.

Porto Alegre/RS, 2003