Sem dúvida alguma, além de uma convincente cobertura de bom senso,
Para validar seu argumento,
O que mais falta à humanidade,
O que a mantém em absurda precariedade,
Digladiando-se por restos,
Em atos insanos e inconfessos,
É a falta de atenção,
Principalmente, para com o irmão!

A concentração no umbigo é tão visceral
Tão monumental,
Que não sobra muito tempo
Para reparar no alheio enredo,
Ainda que esse esteja irremediavelmente,
Incontestavelmente,
Emaranhado,
Interligado ao próprio.
Ah! Que interminável ópio,
Que mantém o óbvio sepultado!

Quantos dissabores poderiam ser evitados,
Se gastássemos uma nesga da existência,
Executando o que nos clama a consciência...
Se nos aceitássemos rigorosamente,
Definitivamente,
Como farinha do mesmíssimo saco...
Descobriríamos, com certeza, o lado encantado,
Dessa insubstituível viagem,
Em meio a mais incrível e sideral paisagem!
Ah! Se conseguíssemos permanecer acordados...

Tornamo-nos dependentes de nossa cegueira,
Como em uma suicida brincadeira...
Nossos egos agigantados,
Não nos permitem enxergar,
Assimilar,
O quanto estamos errados.
O quanto estamos de nossa verdade, afastados...
Estamos sim, iludidos, 
Autossacrificados,
Terrivelmente perdidos...

Felizmente, uma pequena parcela da população,
Permanece preservada,
Abençoadamente acordada,
Segurando a corda da lucidez,
Sobre o abismo de toda essa aridez...
Primam pela discrição,
Afinal estão com a razão!
Essa gente é detentora das sementes da vastidão.
Recendem à humildade,
Transpiram sinceridade!

Reconduzirão a humanidade,
À sua, por enquanto, inimaginável deidade
.






Para minha Amiga Querida
Aniversariante do dia
Toda a luz do mundo
Marilene Rangel Plessier




Vídeo indicado:
http://www.youtube.com/watch?v=jSo6kxLPwM4&feature=related
Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 31/03/2011
Reeditado em 31/03/2011
Código do texto: T2880917