CASTELOS DE ESPERANÇA

Reescrevo o silêncio na eternidade, em linhas,

Procuro, entre as estrelas, algum passo seu,

E posso ouvir palavras que não eram minhas

Vasculhando um sonho que não se perdeu...

Desenho, no ar, castelos de esperança,

Refletindo sombras de algum riso seu,

Mas terei perdido a metáfora que se lança

Na alma incrível de algum sonho meu ?

Não sei, de fato, desvendar mistérios,

Não sei prever momentos do futuro,

Mas, talvez, na rota dos seus olhares sérios,

Eu encontre a paz que toda vez procuro...

Não sei calcular frações de pensamentos,

Não sei medir hipóteses no escuro,

Mas, talvez, na rota de seus passos lentos,

Eu encontre a luz que toda vez procuro.

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