A Toalha de Viana

A ternura do bordar azul e vermelho,

Corações a soltar em ponto cheio,

O tenro linho de noivar,

Encontra as linhas, que se deixam marcar como recheios...

Nas bodas de amor,

A mesa farta,

O carinho de servir,

Aos sonhos meus...

Está velhinha e muito gasta...

Mas, ao vê-la assim,

Aos olhos meus,

Entorna meu olhar,

Cheio de graça,

Por saber-se senhora,

Apenas e não a mais ninguém,

Da toalha que a Dona Gabriela,

Deu a minha Mãe!

Maria do Carmo Celestino
Enviado por Maria do Carmo Celestino em 19/08/2011
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