Azul

Azul

Doa vento às mãos.

Aproxima-se intento

Com a mesma confusão voraz.

Veste-se de palavras e se pinta de azul.

Inventa, cria dor, cria, atura...

Recria o dom, inventa cura...

Ritmo de salsa e diminui o passo,

Ouvindo o blues, domina o compasso.

Bem sabe que não viveu demais.

Realinha as rimas.

Entre a língua que guia e a que se faz,

Não tem tarde fria,

Não tem noite sem paz.

Vive tudo em um só dia.

E sempre acorda querendo mais.

Perpetua o som e a melodia,

Transformando as palavras em sinais.

Débora Andrade

Ao amigo poeta YAMIL LIRANZA