RES DERELICTA

RES DERELICTA

Não faça da luz uma coisa abandonada,

Não faça, de fato, diz o tempo,

O que fazer, então, de um sentimento

Que não consegue se animar na estrada ?

Tampouco abandone fatos entre o nada,

Não os abandone no compasso lento,

Assim canta e sussurra o vento,

Mas o que fazer quando a mente está congestionada ?

Talvez bater à porta de uma razão que importa,

Uma explicação que desafie todos os sentidos,

Uma equação que apenas a alma exorta,

Além de números pouco esclarecidos...

Eu sei, esse mundo costuma fazer da alma uma “res derelicta”,

Um fluido etéreo entre corpos “descartáveis”,

Mas o que nos torna mais ou menos vulneráveis

É como sentimos toda experiência que na vida habita.

---