SAUDADES

Amigos,

Tenho buscado na escrita uma forma de libertar a necessidade selvagem que tenho de fazer uma quebra da existência concreta, para depois me reconciliar com a vida apesar de suas dores e decepções. Esses momentos são capazes de devolver os pássaros aos meus dias e as estrelas à minha noite e nesses momentos me lembro de pessoas que conheci e e que me inspiraram a buscar o melhor em mim. Sei que mesmo quando elas se afastarem não serei triste, pois o melhor delas estará em mim também.

Quando estou longe sinto saudades, então fiz uma poesia (anexa)em homenagem.

Um abraço a vocês.

SAUDADES

De repente,

nada mais do que o vazio

ou a plenitude de um desgosto

com o gosto de solidão.

E a tarde caminha indiferente

sob meu passo lento.

E a tarde, vestida de azul,

estampado de nuvens,

arranca “suspiros fundos”

das árvores ao vento.

De repente,

nada mais do que um vazio

ou a plenitude surpreendente

de um amigo ausente.

E a cidade, feito poema,

compõe um verso concreto,

ao dobrar a cada esquina.

E o vento,

caminhando pela tarde

entre as estrofes verticais

do poema cidade,

inspira versos de saudade.

IZA Bernardo Ferreira
Enviado por Defranco em 15/01/2013
Código do texto: T4086454
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