LUTO COM A LAGRIMA
A primeira estação é a mesma para todos e se chama nascimento
Quanto tempo durará
A primeira estação a do embarque
A mesma para todos e se chama nascimento
Quanto tempo durará a viagem
Qual a duração de uma vida quem o saberá
A vida é um aprendizado
A qualquer hora em qualquer lugar até o fim
O que os homens precisam estudar as mulhers já nascem sabendo a ciência da vida
Qual é o caminho da morada luminosa
É reconhecer as veredas
rir-se do medo nada o assustar não recuar diante da espada
Sobre ele ressoa a aljava o ferro brilhante da lança tremendo de impaciência devora o espaço
O som da trombeta não o deixa no lugar ao som do clarim vê o luzeiro
O inverno está chegando
Há mas não é o inverno da estação
É o inverno da vida
Não há como voltar á primavera
Muito menos voltar ao verão
Já está chegando o outono
Demora inverno demora
O lirio cheio de vigor ao sol faz brotar suas hastes em seu jardim
Suas raizes se entrelaçam sobre a pedra
Mas é arrancada de seu lugar este o renega nunca te vi
Exala um perfume de canela
Um perfume de mirra escolhida como o gálbamo o ônix e a mirra como gota de incenso que cai por sí próprio e perfumei minha morada
Fontes de água viva são eterna esperança
Como uma coisa linda que em mim aconteceu
É a fonte do amor é o sopro da vida
Se a vida é uma luta eu quero sempre lutar
Na luta pela vida é sempre bom lutar
Se o tempo de partir nos convida
Nós falamos não vou pois ainda posso lutar
Luto com o presente
Luto com o passado
Se a vida é uma luta eu quero sempre lutar
Luto com a palavra
Luto com a lagrima
Luto com o sorriso
Luto com a espada
Sou a mãe do puro amor Lucia Bauer