CAVALO PRETO
Quero o cavalo preto que é mais arredio
Mas conhece os caminhos que vão dar no rio
Tu vais é correr de encontro ao perigo
Portanto obedece-me
Não te afastes dos caminhos conhecidos
Novamente meu pai peço que consinta no meu pedido
Seu pai Benjamim não gostava de ver
O semblante de seu filho Mizael entristecido
Não queria pensar nem fazer algo que não o alegra-se
Atenderei o teu pedido disse o pai Benjamim
Mas não te afastes para longe de mim
Pois estou esta caça realizando só para te alegrar
Ouve o que vou te contar
Certa vez numa caçada houve um acidente
Com um dos nossos convidados
Só não houve morte
Porque Antão o socorreu
O cavalo se assustou e caiu tinha um buraco que ninguem viu
E o cavaleiro por baixo do cavalo ficou
Mas Antão puxou a cela e o convidado salvou
E o cavalo
Mandei sacrificar ao amanhecer do dia seguinte
E esse incidente nunca mais aconteceu
Por isso que no dia que te pedistes na floresta muito preocupado fique
Essa historia não me faz mudar de opinião
Alem disso perdoe-me o que lhe digo
Será inútil a sua oposição
O pai vendo que não podia convencer Mizael
Da sua temeridade
Preferiu com ele concordar
O mercador Zaquias só prestava atenção
No que pai e filho diziam
no que se levantou da cadeira que estava sentado
Não cabendo em si de contentamento
De ver a preocupação do pai Benjamim
Com seu filho Mizael
O mercador Zaquias Já sabia como fazer para matar Mizael
Seguiu o Mizael até o jardim e disse
Mizael tenho um favor a pedir-te
Suplico- te humildemente que não mo negues
No que Mizael respondeu
Nada que for razoável posso recusar ao pai da Luz do Sol
Nada pode ser mais razoável do que o que vou te pedir
Como não tenho há muito participado de caçadas
Quero ficar perto de ti
Como Mizael podia pensar que o mercador
Zaquias tinha arquitetado
Contra ele tal barbaridade