ONDE ESTA O OURO
No tempo da Lentidão não tinha cofre não
Para guardar o ouro enterrava-se no chão
A lentidão sabia que existia ouro mas do ouro não sabia
O que a Lentidão não sabia é que Antão o ouro não queria
Ele foi devolver a algibeira com todo o ouro que havia
pois seu patrão lhe aconselhou que era o melhor que fazia
Não podia ficar com o ouro que pertencia
á filha do mercador Zaquias
O ouro não era muito mas deu para a Luz do Sol continuar a vida
Lentidão de tudo sabia Lentidão só não sabia onde estava a malinha
A malinha que tanto brilhava
Quando o mercador Zaquias a abria
Lentidão continuou trabalhando
Como o mercador Zaquias fazia e dizia para a Luz do Sol
Ainda vamos encher outra malinha
A Luz do Sol sabe onde está o ouro
Mas não contou para a Lentidão
Pois a Luz do Sol percebeu que a Lentidão não dorme mais não
Passa a noite inteira andando com o lampião na mão
E quando a Luz do Sol lhe pergunta o que há
A Lentidão reponde que está andando para arrotá
Mas a Luz do Sol bem conhece o agir da Lentidão
Mas achar o ouro ela não acha não
Pois o ouro está guardado no quarto da Lentidão
Nem a Luz do Sol saberia se não tivesse visto o pai
entrar no quarto da Lentidão
E viu tirar umas pedras e surgiu um alçapão
O pai Benjamim também aconselhou o Mizael a devolver o canivete
de ouro que havia ganho do mercador Zaquias
pois se ouro lá na casa não havia
o canivete era de sua filha
foi o que fez Mizael convidou seu pai e juntos foram devolver
O canivete de ouro para a Luz do Sol
No que a Luz do Sol respondeu o canivete de ouro é do Mizael
A luz do Sol o canivete de ouro não queria mas a Lentidão
Interveio que com o canivete podia fazer muita correntinha
No que o pai do Mizael respondeu e quem vai fazer as correntinhas
Ela ficou muda
Pois naquele lugar desse segredo ninguém sabia
Que quem trabalhava o ouro era a Lentidão
Por isso esse nome Lentidão
Que para trabalhar o ouro não pode ter pressa não
Se a Lentidão trabalhava o ouro o que fazia o patrão
Ele era o dono do ouro não podia errar não
E assim continuou por muito tempo o trabalho da lentidão
Até parou de andar de noite segurando o lampião