Meu Querido Poeta

Em vão, é a você que eu procuro,

Em cada poema, a cada verso...

Me sinto tateando no escuro,

Nessa busca inútil e sem sucesso.

Seus sonetos, meu Deus, eram divinos!

Me remetiam aos meus grandes mestres.

Ah! Quanta maturidade num menino!

Quantas alegrias tu me deste;

Quanto me dói a sua decisão!

Nunca mais - eu penso - eu morreria

Se nunca mais tivesse a poesia

Que tanto bem faz ao meu coração...

O que eu faço, qual a solução

Para o vazio que você deixou?

Ninguém vai ocupar o seu lugar!

Viraste a página, e eu, perdida,

Me vejo agora tão desiludida,

Sem saber que fazer com tanto afeto,

Sem ter o meu amigo tão dileto,

Por quem estarei sempre a esperar...

Sonia Villarinho
Enviado por Sonia Villarinho em 24/05/2014
Reeditado em 19/06/2014
Código do texto: T4818819
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