ah, o homem!
O que faz do homem homem?
Será o dinheiro ou o abdômen?
Ou o reconhecimento e o seu nome?
Nome? Que nome?
E nome beija e abraça?
E nome agarra e não larga?
Não, nem fala.
O homem só é homem,
Quando vê na outra a independência,
Quando tem a decência de permitir que o outro pense,
E que pense também,
Pois pensar é eterno.
Homem não é só terno e bons costumes,
Homem é inverno e verão,
É um pouco do mar e do rio,
É calafrio,
No pé e na mão.
Homem que é homem, sabe dar a mão quando o outro desaba e precisa,
E entende quando estamos indecisas.
Homem é chegada e partida, vinda e ida da mesma festa,
É abraço, beijos e amassos
É conforto, abandono e braços
Homem é o espaço de tempo entre o céu e o infinito
É o início de um fim fictício.