O CÃO

Um cãozinho, não importa seu tamanho,

Todos são criaturinhas repletas de amor

Por quem lhe dá também o mesmo carinho

Mesmo sem conforto, mas com calor.

Há dias, andando num calçadão,

Estava ali, sentado numa mureta,

Um catador de papel e seu cão.

Imponente, marrom, raras manchinhas pretas.

O homem quieto olhava para a calçada.

O cão, lindíssimo, parado, sentado,

Admirava aquele homem com aparência desolada,

Com o mais doce olhar, completamente compenetrado.

A doçura era tanta, que este poeta não consegue descrever.

Não era de raça pura,

Mas seu olhar tinha a toda ternura,

Que até os deuses gostariam de receber.

Dyoni Fil
Enviado por Dyoni Fil em 23/09/2015
Reeditado em 23/09/2015
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