VESTIMENTA
Escrever é um bem querer
Pois posso ver no papel o que sei escrever
Escrevo pois aprendi as letras a fazer
Escrevendo vou apagando a tristeza
Pois escrevendo me esqueço dela
Mesmo que a escreva
A tristeza sai pela caneta
Minhas mãos tensas frias e duras
Tornam-se maleáveis quentes e moles
Segurando a caneta
As letras tornam-se um bordado
Que enfeita a pagina onde sonho ver um poema
Pronto para a edição
Mas vejo que isto não está me agradando
Me encabula pensar que alguém vai rir de mim
Mas mesmo assim me arrisco a escrever
Sim na verdade
Me sinto feliz a escrever
Da escrita não quero fugir
pois sinto que as letras
Dançam como as folhas das arvores ao sopro do vento
E assim acompanho as letras
Que descrevem e expõem as lembranças
de passagens de vida vivida
Mesmo não querendo expor a simplicidade
Sair de um povoado
aos dês anos
E passar a viver numa cidade já é uma aventura
Acompanhar a evolução dos tempos
então é uma loucura
Num pequeno povoado parece que se vive mais perto do céu
Acompanhamos a trans formação da natureza
A figueira a cepa e tantas outras arvores frutíferas
estas se vestem na primavera com folhas verdes viçosas
onde aconchegam os fruto no entremeio delas
nos caminhos se vê-em pinheiros exalando um doce perfume carvalhos olmos e freixos
Todos fazem parte do cenário
O germinar da natureza
Esta que na grande cidade só se conhece pelo livro de ciências
Passas-se por um caminho onde nada se nota
O campo preparado para o plantio
Limpo e livre só se sentindo o cheiro da terra e nada além
E depois de pouco tempo o mesmo lugar
Se transforma mostrando uma vestimenta que agora encanta quem olha