VESTIMENTA

Escrever é um bem querer

Pois posso ver no papel o que sei escrever

Escrevo pois aprendi as letras a fazer

Escrevendo vou apagando a tristeza

Pois escrevendo me esqueço dela

Mesmo que a escreva

A tristeza sai pela caneta

Minhas mãos tensas frias e duras

Tornam-se maleáveis quentes e moles

Segurando a caneta

As letras tornam-se um bordado

Que enfeita a pagina onde sonho ver um poema

Pronto para a edição

Mas vejo que isto não está me agradando

Me encabula pensar que alguém vai rir de mim

Mas mesmo assim me arrisco a escrever

Sim na verdade

Me sinto feliz a escrever

Da escrita não quero fugir

pois sinto que as letras

Dançam como as folhas das arvores ao sopro do vento

E assim acompanho as letras

Que descrevem e expõem as lembranças

de passagens de vida vivida

Mesmo não querendo expor a simplicidade

Sair de um povoado

aos dês anos

E passar a viver numa cidade já é uma aventura

Acompanhar a evolução dos tempos

então é uma loucura

Num pequeno povoado parece que se vive mais perto do céu

Acompanhamos a trans formação da natureza

A figueira a cepa e tantas outras arvores frutíferas

estas se vestem na primavera com folhas verdes viçosas

onde aconchegam os fruto no entremeio delas

nos caminhos se vê-em pinheiros exalando um doce perfume carvalhos olmos e freixos

Todos fazem parte do cenário

O germinar da natureza

Esta que na grande cidade só se conhece pelo livro de ciências

Passas-se por um caminho onde nada se nota

O campo preparado para o plantio

Limpo e livre só se sentindo o cheiro da terra e nada além

E depois de pouco tempo o mesmo lugar

Se transforma mostrando uma vestimenta que agora encanta quem olha

Sou a Mãe do Puro Amor Lucia Bauer
Enviado por Sou a Mãe do Puro Amor Lucia Bauer em 25/09/2015
Código do texto: T5394164
Classificação de conteúdo: seguro