Livre Verso

Laço meu lápis aos dedos

E traço certeiras letras

Nalgumas linhas poucas

Que minha mente borbulhante

Agoniada quer tratar.

Vou falar daquele que

Há muito tempo não conheço

Não por ironia do tempo,

Ou descaso do existir,

Mas, do prêmio oportuno

Que esse inoportuno tempo

Soube bem galantear.

Há muito tempo não conheço...

Anos muitos já se foram...

Janeiros... Dezembros...

Natais... Páscoas...

Fanfarras e alaridos,

Muitos já foram festejados.

Mas, que dos 24 que ele hoje inteira,

Três deles posso crer,

E no peito enaltecer,

Com uma certa dose de orgulho,

Que posso dele bem saber,

Pois o que viemos a viver,

Muito senti e já posso falar.

Se há três anos sei bem como ele é,

(Por mais que antipatia no início houve)

Imagino eu se...

Aqueles que há um pouco mais de

8760 dias, se meus cálculos não me trelaram,

Não sabem bem mais dizer

O quão honroso é

Com esse moço conviver.

Qualidades aqui não venho tratar

Tampouco ousarei enredar,

É tanta vastidão

Que prefiro me aquietar.

Mas preces elevo aos céus,

Que o Deus Nosso nos escute,

E sobre tu, menino grande,

Grandes bênçãos lho recrute.

Nada mais que um livre verso

Tenho hoje a oferecer,

Perdoe-me essas poucas letras,

Que meu juízo escapar deixou,

Mas é com sinceridade

Que aqui estou à falar.

(Ao meu querido amigo Daniel)