Afrodiciente
Afrodiciente
Sei um pouco da lua
Satélite que orbita a Terra...
Não! Era um pão de queijo suculento
Que o dragão provou e se deliciou
Agora, ele mora lá, devora a lua sem pressa.
Deixou a princesa esperando
Não vai buscá-la, o monstro voraz da ilusão.
Com sorte, ela passará a vida tranquila, somente a esperar e sem tanto sonhar.
Sei um pouco do que explodiu e ainda se expande, maravilha que não cansa de encantar.
Em um universo de mistérios, as Plêiades correm para não perderem a pureza.
Soltas pelo céu, unidas e ofuscantes a bailar.
Seu perseguidor implacável, Órion, quer amor.
Mas desse amor que as faz temer, elas estão certas... O melhor é fugir e não arriscar.
Sei que o tempo é um mistério instigante,
A tal quarta dimensão a explorar...
Governa os ciclos da vida. Em sua teia interminável, faz crescer, faz vingar
E fatalmente a tudo irá aniquilar.
Mentira... Do tempo, sei quase nada.
Sei somente que me engana, é sorrateiro:
Ele, o tempo, me permitiu saber de você,
Mas nunca deixou ou quiçá me deixará te alcançar.
Renata Vasconcelos
Da série: pessoas inspiram