sidiana

“Sidiana”

Radiante, radiante.

Além nossas vidas, uma parte que o tempo havia se perdido,

E esquecido.

Um sinal teu em todas as outras estrelas.

Tu, ondulante mulher, cabelos que deslizam submergindo os ombros.

Cabelos fugitivos, deslumbrantes, qual se despontam em um amanhecer,

De repente, me parece que o teu sorriso se entreabre, suas unhas pintadas,

Parecem-me cerejas na ponta de teus dedos...

Outra vez teu rosto me aparece ardendo na água que te sobra.

Nenhum latejo, nenhum engano, nenhum bosque só tua simples orelha,

A ornamentar.

Tu és breve, longa na vontade, tempestade, e ao mesmo tempo uma.

Assim percorro indo ao teu encontro, amando as estradas que nos ligam; amo os

Lagos de São Paulo da minha vida, e amo as serras; as palmeiras de Alagoas...

Amo a aurora de minha vida... A praça do Açude... Da Independência de nossas vidas,

De nossos cosmos.

Não estamos velhos,

Somente o espelho mente, escondendo a própria velhice.

Palpitara, sempre, em ti e em mim, a nossa mocidade,

Mas não hei de ver por perto o fim de nossa idade.

Porque tu, nossa amizade, (nosso sangue), são os segredos do enjovelhecimento,

Quais nos acompanham.

Minha amiga queria ser tudo, ser quem sabe, o que tu sejas, assim, vou cortando o meio-dia; caminhando pela a flor azul da estrada e ao final, ver-te o rosto, risonha, brilhando junto ao sol.

Sem sua luz que tu trás nas mãos, meu mundo há de ficar nas escuras,

Quero ver-te dourada, quem sabe, outras não te verão dourada como hei de ver-te,

Ninguém conhece teu sorriso da alma, que por entre rosas cresce.

Ferido, vou poetando, por alguns metros que a vida me concede, me conhece.

Os raios de tua vida, não me afligem, me atingem, ao mesmo tempo libera a água,

Qual me sacia.

Saberei, diligentemente, que nossos olhos se atraem por entre impedimento, são quilômetros quadrados; um muro do tempo e espaço, mas que hão de penetrarem pela visão... Do espírito.

Espere, minha linda, que a nossa chuva hão de se encontrar, no nosso mundo, sob o toque do coração. Sinta o abraço da chuva, o beijo da chuva, dance na chuva. Que seja impossível

Haver sombras, mas haja sempre à noite de luar.

Ao fechar esta porta fantástica, somente haja em nosso recinto o adeus da cruel claridade...

Do passado.

E viva em nosso peito a verdadeira aurora.

Amanhecendo sempre no amor.

Porque eu te adoro minha prima...

Sem saber... Sem porque...

Essa é a verdadeira definição do amor:

Amar sem quê.

Kalell
Enviado por Kalell em 17/10/2007
Código do texto: T698804